segunda-feira, junho 18, 2007

Espera

Espero... e nada espero...
Olhos fixos no corredor
Aguardando a revelação
Que nas águas da incerteza
Se tornou fado severo,
Esperando sem fulgor
Numa luta sem frieza.

Aguardo... e porque aguardo?
Porque no fundo do túnel obscuro,
Na angustia sufocante
Que parece não ter fim;
Existe um final esperado,
Uma esperança de futuro,
Um fulgor que cresce em mim
Em busca da luz brilhante.

Do nada recomeçar,
Encarar o caminho de frente.
E sem ser diferente...
Voltar a acreditar!

Esperando... e talvez nada esperando...

2 comentários:

APC disse...

Depois de ler o teu poema foi inevitável.... Começar a cantarolar:

Longa se torna a espera

E quando eu descobrir o segredo
Da nebelina cinzenta
Que torna a água barrenta
E sem perdão me esmaga o peito

E quando se levanta de repente
A névoa que cobre o rio
Que gela tudo de frio
E escurece a corrente

Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...

E quando eu apanhar finalmente
O barco para a outra margem
Outra que finde a viagem
Onde se espere por mim

Terei, terei mais uma vez a força
Para enfrentar tudo de novo
Como a galinha e o ovo
Num repetir de desgraças

Longa se torna a espera
Na névoa que cobre o rio
Lenta vem a galera
Na noite quieta de frio
E quando...


letra: Tim
música: Xutos & Pontapés

Chas. disse...

Tendo em conta as circunstâncias... há que ter esperança.

Força nisso...