sábado, maio 23, 2009

Quando quiz a tua carne,
Negaste-ma!
Persegui-te por ruas e vielas
E fugias-me!
Correndo como louca, possuída
Pelo pânico da presa perseguida,
Fugindo de um predador ávido,
Sedento e esfomeado.

Sabias que te alcançaria.
Sabia-lo e mesmo assim fugias
Tentando tornar a noite que se avizinhava
Em radioso e caloroso dia!
É escura no entanto essa rua,
Onde a fria e pálida lua de Inverno
brilha, iluminando as ásperas mãos minhass
Que a tua existência tornarão Inferno...
Pelo menos nos próximos instantes!

4 comentários:

R.B. NorTør disse...

Bom, enquanto não vem algo de mais substancial, vou postando umas coisas que andam por aqui perdidas nos meus apontamentos.
O presente é de Abril de 2008, mas há mais, que colocarei nos próximos dias!

Vennlig Hilsen.

alphatocopherol disse...

Sempre curioso ver textos que nos transportam para um lado mais negro e violento. A poesia nem sempre é feita de cenários idílicos e moralmente correctos. Um turbilhão de emoções pode fazer as linhas vaguearem em qualquer direcção!

Chas. disse...

deste sequência de três textos foi o que a mais gostei... o seu ar sinistro torna a continuação ambígua e misteriosa...

João disse...

"A poesia nem sempre é feita de cenários idílicos e moralmente correctos."

Eu diria mais, é sobretudo feita exactamente do oposto! E é muito mais desafiador, quer do ponto de vista do autor, quer do leitor, escrever/ler este tipo de textos!

Como fã de longa data dos textos ditos mais "obscuros" deste autor, fico sempre agradado cada vez que é publicado mais um! Muito bom!