segunda-feira, dezembro 29, 2003

História e poesia

Palavras voam nas histórias,
Frases sopram no céu.
Não será fogo ardente sem véu
Que apagará as suas memórias.

Quem conta histórias antigas?
Quem fala do mundo seu,
Nunca viu, porque as escreveu?
Ou são apenas algumas cantigas?

Fado antigo, não o meu!
Mãos de poeta quem não leu?
Histórias do mundo seu,
Que a alma nunca perdeu!

terça-feira, dezembro 23, 2003

Imagem

Este tópico vem mostrar ao participantes do Blog como se pode editar imagens no mesmo. Para tal tÊm que guardar a imagem numa homepage(http://homepages.sapo.pt e entram o url:blogpena.no.sapo.pt e com a password: leonardo). De seguida na vossa secção escrevem o que tiverem a escrever e de seguida no sítio onde querem deixar a imagem escrevem como está indicado no link "postar". No width metam antes 40%
exemplo:

domingo, dezembro 07, 2003

Electrões

E por aqui ficamos, seres pensantes sentados ou em pé lendo, reflectindo, analisando. A pouco e pouco vamo-nos acomodando, devagar e sem sentido directo, bramando de vez em quando só para dizermos que estamos aqui, vivos, lutadores, fortes, duros de roer...fracos, sem espírito e sempre apáticos. São apenas nessas vezes que nos movemos da nossa orbita de Bohr à volta de um núcleo que é a nossa vida e avançamos para outro núcleo sem nunca podermos estar sozinhos, é impossível isolar-nos de um núcleo, não existimos sem ele, é a “nossa” vida (e aqui foco a palavra nossa), é a familiaridade que nos dá segurança e impede o nosso salto para a escuridão para onde nos atiraríamos num acto de coragem tão louco como fútil. Mas existe quem dê esse salto à procura de um núcleo que não se desintegre, à procura duma prova de coragem só para dizer que está vivo e nós acreditamos, sabendo que se o salto for bem sucedido nunca mais voltaremos a ver aquele pobre electrão.
Talvez seja pessimismo que me invade a mente à medida que vou escrevendo estas palavras, talvez sejam efeitos de uma fusão nuclear que me invade a vida e a mente afectando e quase me levando a degenerar na minha órbita, talvez sejam sonhos que me invadem a mente, talvez... Tantas possibilidades e eu estou aqui preso mas livre ao mesmo tempo, tentado gritar, tentando exprimir-me para dizer “Estou vivo”, mas ninguém ouve excepto meu núcleo.

quinta-feira, dezembro 04, 2003

Tudo

Estou aqui sozinha, desolada. Devolvo-te as palavras e o tempo. Devolvo-te o gesto que não traçaste, a palavra que não susurraste. Devolvo-te o fantasma do teu amor, o bocadinho de ser que por engano partilhaste comigo. Leva tudo, não deixes nada. Eu continuo sozinha, sem que ilusão nenhuma me acompanhe, mas o amor não se faz de empréstimos, e eu não quero o que não me pertence. Leva tudo, não deixes nada.