Deixei de cuidar das flores que plantei...
Eu gritei liberdade e elas presas (sem nunca o estarem...) por lá ficaram, e (à sua maneira) lá singraram.
Tempos houve em que o orgulho da condição do Homem, me fez estar acima daquilo que eam as flores que plantei. Delas não cuidei. E de mim também não. Mas o eu que julguei ser o mais importante está muito longe do eu que as flores reclamaram também. Naquilo que separa os Homens das flores que os Homens plantam, as plantas são mais Homens, do que os Homens que as criaram.
Do caminho entre os Homens e as Flores, nasceu o mar de silvas. Dentro da prisão de silvas que prende as Flores, as Flores são livres. Fora do mar de silvas que as flores supostamente prendem, o Homem está preso, fora da estrada que as Flores guardam.
Deixei de cuidar das flores que plantei...
As Flores estão vivas. Por momentos... espreitam com ar piedoso... por trás de um mar de silvas. O Homem esse está preso... Pelo mar de silvas que só o prende... e rasga, e corta.... e o lembra do sangue... pelo Sangue!
Deixei de cuidar das flores que plantei...
Elas floresceram... Eu só florescerei quando elas me voltarem a plantar...
As Flores.... o homem.
quinta-feira, setembro 22, 2016
quarta-feira, setembro 21, 2016
O ringue imaginário
Não conseguiriam mesmo que tentassem!
(Quem?)
Taras, manias e fobias,
Enfermidades, insondáveis maleitas,
Pressões, palpitantes angústias,
Felicidades logo desfeitas...
Onde param os limites da imaginação?
Onde começa a estrada do cuidado?
Onde nasceu esta insatisfação?
Onde é que fiquei mudado?
A tudo silenciosamente digo não!
Senão, que seria feito do alcançado?
Se ao menos as pernas não me fraquejassem
(Quem?)
Taras, manias e fobias,
Enfermidades, insondáveis maleitas,
Pressões, palpitantes angústias,
Felicidades logo desfeitas...
Onde param os limites da imaginação?
Onde começa a estrada do cuidado?
Onde nasceu esta insatisfação?
Onde é que fiquei mudado?
A tudo silenciosamente digo não!
Senão, que seria feito do alcançado?
Se ao menos as pernas não me fraquejassem
sexta-feira, junho 10, 2016
Vida
A minha vida estende-se até onde a vista se perde
Por cima da copa das árvores
tocando no céu azul
Por baixo das raizes profundas
tocando o inicio de todos os seres
A minha vida serpenteia por entre os vales e os montes
tortuosa mas simples
A minha vida toca nas estrelas
A minha vida toca nos pólos
A minha vida está no bater dos corações
A minha vida está no respirar dos pulmões
A minha vida não sou só eu
Mas se a minha vida se apagar
Mas se um simples ponto de luz se extinguir
no meio dos outros pontos de luz
A minha vida continua a brilhar
no mundo onde me perdi
Por cima da copa das árvores
tocando no céu azul
Por baixo das raizes profundas
tocando o inicio de todos os seres
A minha vida serpenteia por entre os vales e os montes
tortuosa mas simples
A minha vida toca nas estrelas
A minha vida toca nos pólos
A minha vida está no bater dos corações
A minha vida está no respirar dos pulmões
A minha vida não sou só eu
Mas se a minha vida se apagar
Mas se um simples ponto de luz se extinguir
no meio dos outros pontos de luz
A minha vida continua a brilhar
no mundo onde me perdi
quinta-feira, junho 02, 2016
Balançando
Anda pra'í meio mundo
A tentar enganar outro meio,
Do mais vil, falso e imundo
Ao justo que não tem premeio.
Anda pra'í quem não saiba,
Vivendo na sua ignorância,
Ansiando um mundo em que caiba,
Harmonia sem triste ganância.
Onde estou e quem sou eu?
Equilíbrio onde tu andas?
Felicidade para onde vais...?
Já não sei o que é meu...
Balanceio, mundo que mandas...
E como eu, também tu cais!
domingo, maio 22, 2016
Salpicos
A luz arqueia a densa bruma fria,
Temperamental que desnorteia.
O vento redige a sua história,
Liderando com esplendor, aflige.
Um salpico no imaculado corpo,
No chão faminto e higroscópico,
Ultrapassou a luz no seu labirinto,
Enquanto outro salpico reproduz.
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