terça-feira, março 16, 2004

Hecatombe - Parte IV - O Prepúcio do Fim

À entrada do Magnum Auditorium perfilava-se uma silhueta misteriosa, se bem que pouco imponente.

"Olhem, é ele!"
"Ali! Ali!"
"Oh, não!"
"Oh, sim!"
"Não!"
"Sim!"
"Oh!"
"Ah!"
Etc...

Cherneboff fumegava, um jorro negro brotava do buraco na sua gargantinha... Estava-se mesmo a ver que ia precisar de Tantum...

Entretanto, os alunos iam ressuscitando, lentamente; as almas inquietas no anseio de assistir ao combate do século (do Milénio!)...

" - A vossa atenção, séénhores e sééénhoraaas!"

"No canto laranja, meio azamboado mas ainda capaz de matar... Sua baixeza não tem igual... O seu hálito é FATAL!..."

"CHÉÉÉÉRRNEEBÓÓÓÓFF!!!"

A plateia Zombie apupava e de vez em quando saltava um pulmão, tal era o estado de podridão cadavérica...
A mesa dos corruptos aplaudia e tinha orgasmos de bajulação.

"No canto azul, do alto do seu metro e sessenta cinco de altura, com 395 quilos de potência cavalar, nada a perder e tudo a ganhar..."

Todo o Auditorium emudecera para ouvir o nome do misterioso desafiante...

"...BARÃO ENGUIA!"

O Barão Enguia! Assim era chamado aquele lendário ex-professor do Departamentóide, famoso pela sua indumentária metal (t-shirts MAIDEN) e cabelo oleoso, que abandonara a docência em litígio com o Directorado. Parece que não andavam muito satisfeitos com a natureza dos seus trabalhos de investigação, a altas horas de madrugada no gabinete...

De qualquer das maneiras, Barão Enguia estava de volta.
E fa-los-ia pagar caro a ignomínia de corromper a Instituição que, no fundo, ainda amava...

(talvez continue... não sei... bah...)

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