quinta-feira, dezembro 09, 2004

Opostos

Gosto de ver o sol a se deitar,
O céu dourado ao entardecer.
Em pensamentos me perder
Antes de na noite navegar.

Observas o sol nascente
Que começa a manhã a tingir.
O tempo parece fugir...
De ti, eternamente...

Lentamente começo a despertar,
O quotidiano aperta-me feroz.
Mais um dia, quiçá atroz,
Destes em que me pareço arrastar...

Chegas a casa, cais na cama,
Fechas os olhos, procuras dormir...
O corpo começa a fugir
No entorpecimento que te chama.

Será que alguma vez te encontrei?
Será que alguma vez chamaste por mim?
Mundos opostos,
Verdades suspensas...
Na igualdade me despenhei,
Nas coincidências fiquei assim.
Cansei-me de pressupostos,
Mudei as minhas crenças...
E sem saber onde parei
Espero que do nada... surja um fim.

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