quinta-feira, setembro 22, 2016

As flores

Deixei de cuidar das flores que plantei...

Eu gritei liberdade e elas presas (sem nunca o estarem...) por lá ficaram, e (à sua maneira) lá singraram.

Tempos houve em que o orgulho da condição do Homem, me fez estar acima daquilo que eam as flores que plantei. Delas não cuidei. E de mim também não. Mas o eu que julguei ser o mais importante está muito longe do eu que as flores reclamaram também. Naquilo que separa os Homens das flores que os Homens plantam, as plantas são mais Homens, do que os Homens que as criaram.

Do caminho entre os Homens e as Flores, nasceu o mar de silvas. Dentro da prisão de silvas que prende as Flores, as Flores são livres. Fora do mar de silvas que as flores supostamente prendem, o Homem está preso, fora da estrada que as Flores guardam.

Deixei de cuidar das flores que plantei...

As Flores estão vivas. Por momentos... espreitam com ar piedoso... por trás de um mar de silvas. O Homem esse está preso... Pelo mar de silvas que só o prende... e rasga, e corta.... e o lembra do sangue... pelo Sangue!

Deixei de cuidar das flores que plantei...

Elas floresceram... Eu só florescerei quando elas me voltarem a plantar...

As Flores.... o homem.

quarta-feira, setembro 21, 2016

O ringue imaginário

Não conseguiriam mesmo que tentassem!
(Quem?)

Taras, manias e fobias,
Enfermidades, insondáveis maleitas,
Pressões, palpitantes angústias,
Felicidades logo desfeitas...

Onde param os limites da imaginação?
Onde começa a estrada do cuidado?
Onde nasceu esta insatisfação?
Onde é que fiquei mudado?

A tudo silenciosamente digo não!
Senão, que seria feito do alcançado?

Se ao menos as pernas não me fraquejassem