segunda-feira, junho 18, 2007

Lisboa...

Das Sete Colinas…
(onde estão?)
erudidas pelo tempo!
Lisboa…
Das casas sobre casas!
Quantas lágrimas choras, tu, ó Lisboa!?
Onde estão as colinas?
(ou os vales!?)
do meu coração….

Vejo-te agora, Lisboa, bela… Nesta aberta que as nuvens deixam… Pequenos raios de Sol iluminam a tua face para mim… Pequenas gotas escorrem nas tuas encostas…
(lágrimas?)
Lisboa, cartão de visita… Lisboa a preto e branco, Lisboa a cores… Não! Lisboa a 256 tons de cinzento… Cinza… que contrasta com o tempo… Lisboa Cinza, porque choras tu? Quem te trata mal, minha menina?
Hoje, quanto a ti cheguei, vi Lisboa a morrer…. Quis morrer contigo… Não! Quis viver contigo… Quero viver contigo… Quero viver dentro de ti, Lisboa! Deixa-me chorar contigo!

Ahhh…. Lisboa das Sete Colinas… Não! Lisboa das Sete Cidades!
Lisboa-Madrid do poder central….
Lisboa-Barcelona cosmopolita…
Lisboa-Londres capital do império…
Lisboa-Rio de Janeiro das mil e uma cores…
Lisboa-Paris a cidade Luz…
Lisboa-Budapeste das noites Loucas…
Lisboa-Berlim a cidade Morta…
(deixa-me viver contigo!)

Olho, agora, o São Jorge, saliente no céu do crepúsculo… Vejo os bairros que se estendem a teus pés…
(quem mora nesses bairros?)
Lisboa dos contrates… Lisboa a cores e a preto e branco… Lisboa da alegria e da tristeza… Lisboa do Fado e do Bairro Alto…Lisboa da Rua do Ouro e do Casal Ventoso… Lisboa da Alfredo da Costa e dos Prazeres… Lisboa…
(deixa-me chorar contigo!)
O Sol já se foi, não ilumina agora a tua face… Pouco a pouco a vida termina… Não! Á vida começa…
(deixa-me viver contigo!)

Lisboa das casas sobre casas…
Aqui já morou alguém
Daqui já partiu alguém
Aqui já sorriu alguém
Aqui já chorou alguém
Aqui já viveu alguém
Aqui já morreu alguém
Aqui já nasceu alguém
Aqui já se matou alguém…
(quem?)

Sim, aqui nesta casa! Nessa casa… Neste bairro, e nesse bairro…

És tu Lisboa da ilusão e da desilusão! Lisboa é tudo e nada… Lisboa tem alma de gente e corpo de betão! Lisboa tem canção, mas harmonia não! Lisboa tem ricos e tem pobres… Tem alegres e tem tristes! Tem bolsos cheios de dinheiro e outros de cotão!
Roupas de poliéster e camisas de algodão! Gente de carne e osso e outros de titânio e silicone!
Tudo em ti é contraste…

Lisboa a cores!
Lisboa a preto e branco!
Lisboa Cinza…
(quem te apagou o fogo!?)

Lisboa é um manto que escorre rumo ao Tejo! Um manto de casas, casinhas e casebres…
Lisboa são ruas estreitas e a Avenida da Liberdade…
Lisboa é fast-food e “espera que já te atendo!”
Lisboa é traiçoeira, tem cuidado!
Lisboa… Lisboa é o Convento do Carmo!

4 comentários:

alphatocopherol disse...

Lisboa quero fugir de ti... Lisboa ainda me apaixonas.

O contraditório que ainda sinto muitas vezes... ainda existe Lisboa? ás vezes...

APC disse...

Lisboa existe sempre!
O que não existe, por vezes, é Lisboa!

Parece mentira, mas é verdade!

Chas. disse...

Aqui já se embebedou alguém...
:P

writerteamlisboa disse...

adorei o poema

estou aqui divulgando meu trabalho
passem por lá, sua opinião é muito importante
obrigado
abraço

writer team lisboa