Mel que escorrega viscoso pela alva pele
da Usina que te aquece o corpo quando o arqueias
quando te percorrem essas mãos delicadas
quando mergulha, essa tua musa, por entre as tuas pernas
donde brota esse mel...
Mato espesso que outrora era
aparado à força de dentadas violentas
que essa tua amiga te dava
quando nas costas cravava profundas
garras afiadas em tons de verniz escarlate.
Armações, dos antigos xamãs europeus
Cornos ornamentais pendurados nas casas das bruxas
Aquelas que comiam os filhos que não querias ter
Aquelas que te conduziram até onde não sabias ir
Aquelas que te percorreram o corpo, te furaram vezes e vezes sem conta
Com a sua língua afiada
Aquela outra que não vias na tua cama deitada
Que te deixou hoje uma mulher frustrada
E dos filhos dele será sempre a mãe amada...
5 comentários:
Apesar dos versos bastante fortes e visuais, não consegui, por mais que lesse, encontrar o fio condutor do texto...
Tb não encontrei o fio condutor. Mas o autor poderá dar-nos uma ajuda.. :P
Então, é o mel, pá...
Tens de lamber o mel, todinho... :P
Bom, este texto sera uma pobre dedicatoria a uma recem artista conhecida do "autor" e que publicou recentemente um livro.
O nome da personna é Melusinne de Matos e a sua obra "As 13 chagas do desejo".
Acrescento ainda que o fio condutor passa um pouco por lamber o mel, como disse o meu caro colega Alucinaçao Colectiva! :P
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