Percorri como um vulto as ruas da cidade
Calcorreando os negros caminhos de pedra
E abrigando-me do calor do sol
Em sombras de centenários prédios.
Cada passo era um passo já dado
Por outros, noutros tempos,
Mas eram mesmo assim passos originais…
Percorri com um vulto as ruas de que falo.
Sentia-o sempre ali ao meu lado
Calado, a tentar não me dar importância,
Mas a conduzir-me
Por ruas e vielas de outrora
Por entre gentes e culturas de agora.
O sol alto aquece-me os passos,
Só as palavras são frias,
Porque frio é o ar que vem do mar,
Que me desperta os sentidos
Que me faz olhar em redor
Que me faz esquecer o calor
1 comentário:
Poema bem conseguido, de fácil leitura, mas com uma simplicidade bem trabalhada! Gostei!
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