segunda-feira, abril 15, 2013

Lisboa, Três da Tarde...

 A história começou... São três da tarde!

O sol alto começa a baixa, as sombras a alongarem-se para oriente e as formigas incansáveis começam a acusar as temperaturas, as suas mentes a escorregarem para cervejas e ginjinhas e pães embebidos em gordura envolvendo carnes tenras e pedras de calçada que não são já do alvo calcário mas amareladas como as lâmpadas dos lampiões. E ainda falta tanto tempo...

São três da tarde e na sua cara de quem só agora esqueceu o almoço farto de uma sandes trazida de casa, instala-se esse fugaz movimento dos olhos para o relógio, a contar as horas, os minutos, todos os instantes que ainda faltam para sair desse centro de atendimento onde, por mais um mês ou dois, conseguirá tirar a renda. Depois? Quem sabe o que virá depois? Outro centro, mais um mês ou dois? E nova chamada. O nome. Em que posso ajudá-lo? Pois sim... Pois... Infelizmente não o posso ajudar, mas vou passá-lo para a assistência técnica. Pois, também lamento. Vai tu!

São três da tarde, mas podiam ser três da manhã, não fosse às três da manhã não haver turnos. Três da tarde, onze da manhã, em passando a hora de ponta é tudo o mesmo! Para trás, para a frente, para trás, para a frente, só oito voltas para trás, oito para a frente, pouco mais de uma hora para o final deste dia, ou noite? Uma vida sem luz do sol, só a espaços as lâmpadas fluorescentes e o brilho do relógio que dita as horas por que se rege o dia. Todos os dias, exepto Domingo. Quando não calha...

Três da tarde, toque de saída, resto da tarde livre. "Lu, queres vir ao Budapeste?"

6 comentários:

R.B. NorTør disse...

Caríssimos, isto ainda anda assim para o embrionário. A ver como alguém pega nisto. Para já três paragrafozinhos e o Vitamos que me perdoe se isto começa já a fugir do que ele queria.

Chas. disse...

boa continuação... vamos lá dar gás a isto. Deixo a minha contribuição mais para a frente...

alphatocopherol disse...

Perfeito Barata, está muito bom! A ideia é mesmo esta, o objectivo é sermos mesmo obrigados a "perdoar" porque todo o sentido que nós dermos a uma história pode mudar a qualquer altura assim que outro autor entrar na aventura. A experiência é mesmo essa, vamos ver se resulta ;) Já agora para resultar é preciso que todos os autores se sintam mesmo confortáveis quando, a qualquer altura, todo o caminho que delineavam se transformar completamente... Vamos lá ver o que isto dá :p

João disse...

Cá está, já mudou completamente a "agulha"! lool ou muito me engano ou vai resultar em algo de muito interessante...

Já agora, era bom saber (definir) quem pega de seguida no texto, para não haver o azar de duas pessoas repetirem a mesma continuação

APC disse...

Concordo perfeitamente com o João, e ia escrever isso este fim de semana, mas não tive muito tempo!

Eu diria que o primeiro a por um comentário do tipo "continuo eu!" ou qualqer coisa parecia segue o texto!

R.B. NorTør disse...

Não penso que seja preciso alguém por a mão no ar. Começa a escrever e preenche o campo das "tags" e quando alguém chegar à lista de posts do blog vê que já há um texto em produção.
Há questões?