As palavras que agora me dás…
Esse tudo cheio de inconsistências dissimuladas
que me são nada...
Não as quero. Não o quero.
Leio-te a perda do que nos ligava,
essa cola a que teimei chamar de amor.
Podes levar as palavras contigo.
Não as quero sem o corpo que as dizia.
O corpo inteiro, estou segura.
Aceitar-te o corpo repartido, ocorreu-me.
Ocorre-me sempre tentar o prazer para mim.
Mas tu? Não outro…
Tu, um pouco em mim, o resto noutro corpo?
Talvez mais do que um…
Mata-me um pouco todos os dias.
Não tentei. Não tento.
Desisti de ti e ainda estou!
Não posso dizer que bem.
Não obstante, ainda respiro.
Isso é algo que me conforta, respirar.
Procuro-te inteiro noutros corpos.
Não te chegam, mas pelo menos não os amo.
Corpos repartidos acabam sempre por matar.
Somente este sabor que não me sai…
O tanto que fomos...
Choro-te. Nunca deixarei de te chorar.
4 comentários:
Antes de mais bem vinda. Poema brilhantee
Obrigada :) E obrigada :D
Agora que estive a ler com a tenção! Muitos parabéns e sê bem-vinda! ;)
Muitos parabéns! Texto muito bom, bem escrito profundo e sentido.
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