quarta-feira, abril 07, 2004

Concha

Sorriso que esconde a inveja
Gargalhada venenosa e fingida
Ser rastejante, insecto pequeno e viscoso
Sob uma concha se camufla
Aos olhos do mundo...

Pela frente solícito, bondoso
Por trás uma só faca não chega
Para a intriga e a traição consumar...
Seguro de si com a sua tenaz
Todos pensa reter e usar...

Felicidade de outros, não a sua
Impele-o a agir, a denegrir, a manipular
A tecer as suas teias envolventes
Brilhantes e frias como diamantes
E tão afiadas como um...

O dia virá em que a concha se partirá
E a verdadeira natureza desse ser se revelará
Patético, invejoso, falso, e só...
E como a um insecto será muito fácil
Ignorar, ou talvez mesmo, esmagar...

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