quarta-feira, agosto 25, 2004

Photomaton

Encerro a graciosidade do gesto com um toque, e de repente a intemporalidade pertence-me... sou eu o dono do momento, aquele que já se encontra perdido. E os dias passam, e o tempo avança, e eu, ladrão das horas, capturo os gestos e as frases e os sorrisos que se tornam meus. E todos os que se cruzam com o meu gesto, pertencem-me, imobilizando a sua essência numa forma imperceptível ao mundo e ao tempo. E eu, possuidor das memórias, revejo as que não tive, possuindo as vidas que não vivi, saboreando esses escassos instantes capturados como se fossem meus.

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