há todo um fogo imenso dentro do trovão,
um coração escondido nestas noites que inundam a pele,
sem grito,
a morrer de ti
só luz nacarada
nas ruas desertas do meu rosto,
na pressa dos dedos.
é impossível não tentar dizer-te
tenho medo
medo que me persigas a vida inteira
na tela do teu colo
o corpo à escuta como algo eterno
numa rotina sem remédio
é o passo em falta que demora a tua fuga,
o traçado dos poemas
a tomarem forma
sem bojo
os dias não avançam,
sangram
só doem
Vanessa Pelerigo
3 comentários:
Mais uma bela contribuição... :)
Mais uma vez, uma excelente contribuição! VEnham mais!
Como sempre, belo!
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