quarta-feira, março 25, 2009

À noites as sensações, num quarto desconhecido...

Acelero rumo a norte, com a bússola dos sentidos desorientada. Não se pense, por falar em acelerar, que sigo a uma velocidade estonteante. Não! Não o consigo fazer... Ela, no banco do passageiro, está sentada de lado, a olhar-me e a acariciar-me de tal forma que meter as mudanças é tarefa complicada, pois a cada saída de rotunda, ou curva para a direita, a mão dela resvala da minha coxa em direcção à minha virilha. O percurso, que foi rápido, durou uma eternidade. Nos metros finais ela ia dando indicações, "vira ali, corta naquela, estaciona já que a minha casa é aquela", e eu obedecia cegamente, "sim, sim estou a ver", mas as imagens andam a mil e nem vejo bem onde estou. Do outro lado do rio, Lisboa, a boémia, olha-nos e sorri marota, como que dando a sua permissão para o que vai suceder.

Subimos as escadas de madeira para um primeiro andar. Não nos preocupamos com o ranger, mas não se pense que subimos a correr. Ela abriu a porta, deu-me a mão e passámos, um de cada vez, a estreita porta. Na escuridão guiou-me até ao quarto dela e não pude, apesar do grau de excitação, deixar de ficar abismado. De certo modo aquele momento fez a minha mente desfocar-se e ela, sentido que me estava a perder, aproximou-se pelas minhas costas e, com as mãos bem juntinhas à minha pele, começou a tirar-me a camisola. Fazia-o lentamente e com as palmas a tocarem-me o peito, acariciando-me e levantando-me a roupa. Quando a última manga passou pela minha mão direita, um puxão virou-me e dei comigo a olhá-la de frente.

Com as luzes reflectidas pelo rio a banharem-me as costas e as bochechas esfomeadas dela, comecei a sentir-lhe os lábios a acariciar-me a pele. Primeiro nas orelhas, descendo ao pescoço, uma trinca suave nos mamilos, a lingua a percorrer-me a barriga enquanto as mãos iam empurrando a roupa para baixo, com as unhas a percorrer-me o interior das pernas. Até que ela parou!

Parou porque os sapatos impediam as minhas calças e os boxers de saírem. Parou, mas não atrapalhada. Parou e olhou-me nos olhos e vi nos dela um brilho malévolo que teve consequências ao nível da minha virilha, reacção que despoletou um risinho por parte dela. Parou para me atirar para a cama, com um colchão algo mole e que afundava no meio e enquanto eu caía começou a despir-se da cintura para baixo, à medida que se aproximava da cama. Eu olhava e apreciava! O mesmo balouçar de cintura da pista de dança era agora repetido para expôr mais e mais rendilhado escarlate. Descalçou-se, retirou as calças, dobrando-se toda, com as nádegas redondas a balouçar, viradas para mim, junto à cama.

Acabou de remover as roupas, mas não se virou para mim. Ao invés, sempre de costas, colocou o joelho direito na cama e passou com a perna esquerda por cima de mim. Quando recuperei da estupefacção tinha os rendilhado vermelhos, onde se via uma penugem enfraquecida, a roçar-me na cara e sentia grande agitação nas virilhas. A partir daquele momento, senti necessidade de alinhar pela vontade dela.

Durante o que sobrou da noite, passámos muito tempo com o meu peito a tocar-lhe nas costas, em movimento perpétuos, em carícias sugestivas, mudando da cama para a janela, da janela para o chão, e ora se sentava ela em mim, ora lhe levantava eu as pernas, até que, derreados pelo esforço, cedemos à luz mortiça dos candeeiros de rua e adormecemos.

6 comentários:

João disse...

Um texto que mostra como um homem pode ser completamente comandado em alguma situações eheh

Todo o episódio está muito bem (d)escrito, sem entrar em excessos desnecessários que apenas retirariam beleza à situação, já de si eróticamente sugestiva.

Só falta ler agora a conclusão!

Chas. disse...

Epa adorei! é Pena que não tenhas dado um toque mais Penaliano... mas foi suficientemente sugestivo:
"passámos muito tempo com o meu peito a tocar-lhe nas costas, em movimento perpétuos, em carícias sugestivas, mudando da cama para a janela, da janela para o chão"

faltou um pouco mais de ficção, do género: da janela para o tecto e do tecto para chaminé... :D

Gostei dos travões de acção:"Parou porque os sapatos impediam as minhas calças e os boxers de saírem."

Enfim... muito bom!

Anónimo disse...

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