sábado, janeiro 10, 2009

A Morte

A morte vem devagar
Devagar com seus passos suaves
Para não nos incomodar
Traz na mão o encanto de uma vida
Plena e cheia de alegria
Com que nos seduz e bajula
Esses encantos próprios da sua
Condição terminal

A morte é uma criança
Inocente e cheia de esperança
Que o dia de amanhã é eterno
Dura para sempre e não acaba
A morte não sabe nada
Aparece e tudo muda
Tudo se altera, nada fica como era

A morte não é o fim
Mas a morte não é o princípio
A morte é mais um dia, um mês, um ano
Todo um estado em que estamos
E em que nada precisamos

4 comentários:

Cemideias** disse...

A morte é o fim e o inicio...
Fim de um ciclo, o começo de um outro...
Encontro de novos papéis... adaptações... Qualquer tipo de morte... é... uma despedida e um encontro.

alphatocopherol disse...

Um texto muito bem conseguido! Denoto no autor um crescendo em termos do género literário Poesia! Por isso espero que continues a produzir textos neste registo (sem esquecer os outros onde navegas com ainda mais "à-vontade" :)

Chas. disse...

Um tema pesado descrito num belo poema.

APC disse...

Estou abismado!

Em minha opinião uma das melhores criações tuas que li!

Continua a melhorar!
;)