domingo, maio 30, 2004

Domadora de desejos (II)

A noite caiu calma, quando os lábios se tocaram de novo, apenas tinha restado o prazer, e alguns corpos molhados. A sombra nua que se movia, desaguava suas curvas no descanso.
Já não havia nuvens e a estrela do poente que caminhava para horizonte tocou-lhe e fez dele seu amante…
A Lua, a nascente, erguia-se numa nova noite. Seus olhos deixaram de brilhar, já não havia força eterna que os fizesse despertar. Olhos de que cor?! De que expressão?! Uma recordação!? Por uns momentos pensou-se ser imaginação. Eram os Olhos do Mundo, Olhos do Coração… Não havia nada mais mágico que a domadora desejos… A tocar-nos com suas mãos… a soprar-nos seu calor… A inundar-nos de paixão…
Noite cheia de lembranças e sonhos, de futuro e fantasia, que nem a mais inabalável alma escapava a tamanha sabedoria. Uns perdidos da razão falavam sozinhos no sombrear dos desejos, todos queriam ser servos desse alguém, mas nem eles sabiam de quem.

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