quinta-feira, novembro 13, 2008

A Farsa

Há fraudes que nos apaziguam a mente
Palavras dóceis,
Gestos banais,
Goteiras que irrompem
Pela vida cansada.

Como uma vela ardendo por detrás da janela,
Criaste sombras entre as sombras da própria noite
E nesses pedaços escuros,
Pela tua mão aleitaste e fizeste,
Aquilo que no oculto nem tentava existir.

E agora…? À luz do dia o que resta?
Palavras dóceis,
Gestos banais,
Dos outros
Nos outros…
Porque na verdade
Esta fraude imaginada
Não vinga,
Não dura,
Apenas finge, na ousadia do gesto,
Resistir.

3 comentários:

APC disse...

Gostei muito!

V. disse...

resistir. sempre com poesia.

Parabéns pelo texto! :)

Chas. disse...

Maravilhado...
;)